Snowballer Convida #7: Letícia Doniak fala sobre venture capital.
Entenda o trabalho de uma venture capitalist.
Ei amigos e amigas! Esta é uma edição extra para assinantes desta newsletter, projetada para torná-lo um melhor investidor.
Os membros têm acesso às estratégias, táticas e sabedoria de investidores e fundadores excepcionais.
A cada edição, convidarei alguém que eu considero relevante na nossa indústria para partilhar sobre tópicos atuais e atemporais, nesta edição temos um texto da minha amiga Letícia Doniak.
Letícia é analista de venture capital e escritora da newsletter Notes by Letícia, uma das minhas newsletters favoritas sobre venture.
Primeiro, obrigada Snowballer pela parceria e por essa colaboração, é um prazer estar aqui!
Agora, para me apresentar, meu nome é Letícia Doniak, e escrevo no Notes by Letícia, minha newsletter pessoal em que escrevo, quinzenalmente, sobre o mercado de Venture Capital.
Meu intuito ao escrever é conseguir compartilhar meus pensamentos e opiniões sobre o mercado de VC, e conhecer pessoas legais ao longo dessa jornada.
Hoje, a convite do Snowballer, vim compartilhar um pouco sobre as atividades e percepções de alguém que trabalha nesta indústria!
Em 2024 estou no meu terceiro ano no mercado de VC, ainda no início, mas é engraçado como as percepções sobre o setor vão mudando.
É importante deixar claro que acredito que nunca é possível saber de tudo, portanto, as opiniões a seguir não são verdades absolutas, somente como vejo o mercado hoje.
Hoje percebo que VC é sobre fazer poucas coisas muito bem, o catch é que essas poucas coisas são muito importantes.
Exatamente como Harry Stebbings coloca neste post, um VC precisa fazer muito bem basicamente 3 coisas:
Ter uma forma de sourcing única: pode ser construído com diferentes estratégias, desde networking com pessoas influentes no mercado, criação de dealflow (Venture Builder ou incubação de empreendedores, por exemplo), canal proprietário (por meio de uma newsletter por exemplo).
Saber escolher aqueles que vão vencer: ter convicção e opinião própria.
Aportar valor após ter realizado este investimento: escolher algum ou alguns pontos onde você pode gerar o maior valor possível para o seu portfólio de startups investidas.
Para entender melhor o why por trás destas habilidades é preciso entender como funciona o mercado de Venture Capital.
Resumidamente, existem os LPs (limited partners) que investem em fundos VC em busca de um alto retorno (devido ao alto risco), assim, os Venture Capitalists precisam buscar retornos diferenciados ao investir em startups.
Frente a isso, alguns pontos são necessários:
Visualizar uma grande porcentagem dos deals existentes na região: permite analisar o maior número possível de startups para encontrar as vencedoras
Ser o melhor partner para os melhores founders: mesmo em um mercado competitivo, você terá preferência
Tirar ao máximo o risco da mesa após o investimento: auxiliar da melhor maneira que você puder
Todas essas sendo medidas para aumentar as chances de entregar o melhor retorno possível para o investidor.
Baseado nessa racional, estão as principais atividades de uma pessoa que trabalha em VC:
Achar e analisar startups
Ler muito e formar opiniões
Auxiliar da melhor forma os startups do portfólio
Parece ser simples, porém vejo que muito fundos acabam deixando de lado um dos principais pontos de atenção levantados em suas análises: é preciso se diferenciar para vencer em um mercado, e em VC isso não é diferente.
Existem alguns caminhos para construir isso, desde ser um fundo especialista em um assunto, realização de conexões, auxílio em vendas ou marketing, entre outras diversas maneiras distintas que podem auxiliar na construção do moat do seu fundo.
Pode ser uma visão meio pessimista, porém acredito que o cenário de competição somente vai aumentar.
Por fatores diversos, sendo alguns deles: (i) maior número de VCs no mercado, (ii) comoditização de dinheiro em fundos sem diferenciação, (iii) mudança na dinâmica de captação de rodadas, (iv) crescimento do número de LPs não proporcional ao número e tamanho de fundos.
Com base nisso, algumas coisas que realizo na minha vida para conseguir me definir como uma Venture Capitalist são: criação de moat, dealflow qualificado e tese de investimentos própria.
Convido quem quiser conversar mais sobre o tema a me adicionar no LinkedIn (DMs are open)!
Gostou do texto? Então você vai amar acompanhar a newsletter da Letícia, onde ela partilha várias opiniões sobre venture capital, clique aqui!
Um pequeno pedido: se você gostou desse texto, ficaria grato se você considerasse tocar no ❤️ acima!
Isso nos ajuda a entender quais peças você mais gosta e apoia nosso crescimento. Obrigado!
É isso por hoje!
Mais uma vez obrigado por ler.
Abraço,
PS: “DMs are open”: Twitter