Snowballer Convida #4: Matheus Moura fala sobre investir em cryptos.
Apesar do alto potencial de valorização e da descorrelação com ativos tradicionais, é crucial entender a volatilidade intrínseca ao mercado de criptomoedas.
Ei amigos e amigas! Esta é uma edição extra para assinantes desta newsletter, projetada para torná-lo um melhor investidor.
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A cada edição, convidarei alguém que eu considero relevante na nossa indústria para partilhar sobre tópicos atuais e atemporais, nesta edição temos um texto do meu amigo Matheus Moura.
Matheus é Co-Fundador CEO da BRLA Digital, cujo objetivo é conectar e desenvolver o ecossistema de criptomoedas no Brasil por meio de sua infraestrutura de stablecoin real.
Anteriormente, ele foi fundador e CIO da Ada Capital, uma gestora de ativos brasileira focada em criptomoedas.
Ele também foi sócio da HIX Capital, onde fez parte da equipe de investimentos em ações brasileiras, e se formou em Engenharia Mecânica-Aeronáutica pelo ITA.
Este texto visa explorar aspectos cruciais ao considerar as criptomoedas como parte de um portfólio de investimentos: Potencial de Valorização, Descorrelação, Especificidades do Mercado e Estratégias de Investimento.
Potencial de Valorização
A tecnologia por trás das criptomoedas, incluindo blockchain e sistemas de tokens, promete transformar diversos setores, assim como a internet fez no passado.
Exemplos notáveis incluem:
Sistemas de recompensas via tokens
Tokenização de ativos reais
Monetização de comunidades através de NFTs
Produtos financeiros descentralizados (DeFi) sem a necessidade de intermediários
A convergência de inovação em modelos de negócios, investimento de capital e atração de talentos sinaliza uma significativa geração de valor.
Ao comparar o potencial de mercado das áreas que as criptomoedas podem revolucionar com seu valor de mercado atual, vislumbra-se uma oportunidade de valorização de dez vezes ou mais.
Depois de afundar, as criptomoedas estão subindo novamente.
O potencial para uma alocação de 2% apenas dos fundos de pensões públicos poderia traduzir-se num investimento espantoso de 20 bilhões de dólares em ativos digitais.
Ao considerar o espectro mais amplo de fundos soberanos e escritórios familiares, se estima que a procura diária poderá superar a oferta em 25 a 30 vezes, sublinhando o impacto monumental que tais medidas poderão ter na liquidez e na valorização do mercado.
Descorrelação
A diversificação é um princípio básico de investimento para mitigar riscos. No entanto, a diversificação só é efetiva se os ativos no portfólio não estiverem altamente correlacionados entre si.
Uma análise de correlação entre criptomoedas e outras classes de ativos demonstra sua baixa correlação, destacando seu valor como instrumento de diversificação.
Fundos de Ações: Correlação de 10% a 15%, média de 12%
Fundos Multimercado: Correlação de 4% a 19%, média de 11%
Alguns fundos de pensões, como o fundo de pensões dos Bombeiros de Houston e o Serviço Nacional de Pensões da Coreia do Sul, já investem em bitcoin e ativos relacionados com criptomoedas.
Volatilidade do Mercado
Apesar do alto potencial de valorização e da descorrelação com ativos tradicionais, é crucial entender a volatilidade intrínseca ao mercado de criptomoedas.
O ano de 2022, por exemplo, testemunhou um período de contração significativo, influenciado tanto por fatores macroeconômicos globais quanto por eventos específicos do setor.
Eventos de desalavancagem, resgates de fundos e chamadas de margem contribuíram para retornos aos preços de 2017, reiterando o padrão cíclico de altas e baixas do mercado. Atualmente, o mercado mostra sinais de recuperação, aproximando-se dos níveis de 2021.
Entretanto, é importante lembrar que quedas superiores a 50% são comuns, exigindo uma abordagem cautelosa na alocação de investimentos.
O equilíbrio entre a volatilidade esperada e os retornos parece muito diferente dependendo do regime de mercado sob o qual estes activos são negociados – risco ligado ou risco desligado, reflacionário versus deflacionário, expansionista ou recessivo.
Historicamente, a correlação entre as criptomoedas e os retornos das ações dos EUA tende a ser baixa.
Mas o coeficiente aumentou acentuadamente no final de 2021 e no início de 2022 devido às condições de mercado tensas, à medida que a Reserva Federal aumentava as taxas e reduzia a dimensão do seu balanço.
Crypto expande o espectro de risco/retorno nos mercados públicos.
Estratégias para Investir em Criptomoedas
Discutir o veículo de investimento adequado (fundos, ETFs, exchanges diretas, ou carteiras próprias) é secundário em relação às estratégias operacionais e táticas de alocação.
Para a maioria, que não tem investimento como atividade principal, recomendo duas diretrizes essenciais:
1. Alocação Alvo: Determine uma parcela do seu portfólio dedicada a criptomoedas, algo entre 3% a 7% dependendo do seu perfil de risco, que não afete significativamente sua estabilidade financeira em caso de queda acentuada.
2. Rebalanceamento: Estabeleça regras claras para rebalancear sua posição. Por exemplo, ajuste sua alocação de volta ao alvo quando a participação no portfólio cair pela metade ou dobrar, comprando em baixas e vendendo em altas.
Este enfoque tático permite navegar pela volatilidade do mercado de criptomoedas, melhorando o risco/retorno do seu portfólio sem excesso de dor de cabeça.
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O primeiro livro se chama Bitcoin Billionaires, nele Ben Mezrich o autor, fala dos primeiros bilionários publicamente declarados gracas ao bitcoin, eu amei essa história de dois gêmeos que antes disso tiveram a ideia de criar o facebook e chamaram um tal de Mark Zuckerberg para executar o projeto.
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O segundo livro , um pouquinho mais técnico também vale muito ler,
Quando tinha apenas dezenove anos, no final de 2013, Vitalik Buterin publicou um artigo visionário delineando as ideias por trás do que se tornaria o Ethereum.
Ele propôs pegar o que o Bitcoin fez pela moeda – substituir o poder governamental e corporativo pelo poder compartilhado entre os usuários – e aplicá-lo a aplicativos cotidianos, organizações e à sociedade como um todo.
Agora, uma década depois, o Ethereum é a segunda criptomoeda mais valiosa e serve como base para o estranho novo mundo das obras de arte NFT, imóveis virtuais no metaverso e organizações autônomas descentralizadas, vale comprar aqui.
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