Enquanto os acionistas da Berkshire Hathaway se levantavam em Omaha no último sábado, aplaudindo de pé a carreira de Warren Buffett, Greg Abel estava entre eles, celebrando o legado do maior investidor do mundo.
No próximo ano, quando os acionistas se reunirem novamente, todos os olhares estarão voltados para Abel, o sucessor escolhido por Buffett para liderar o império financeiro que ele construiu ao longo de seis décadas.
Aos 62 anos, Abel, que ascendeu dentro do segmento de energia da Berkshire, enfrentará um escrutínio que Buffett, em grande parte, evitou nos últimos anos, graças a retornos que superaram o índice S&P 500 em mais de 5,4 milhões por cento nas últimas seis décadas.
A missão de Abel é dupla: preservar a cultura instaurada por Buffett e seu falecido vice-presidente, Charlie Munger, enquanto coloca em ação o recorde de caixa da empresa.
Levará anos para que os investidores avaliem a habilidade de Abel como alocador de capital, se ele terá o mesmo talento para identificar onde investir os bilhões de dólares que chegam a Omaha mensalmente, e se conseguirá se aproximar dos retornos de Buffett.