Guepardo Investimentos: como eles multiplicaram por 90x o capital.
Uma Abordagem Qualitativa e Quantitativa
No mundo dos investimentos, erros nas previsões de PIB, câmbio ou resultados eleitorais são comuns e normalmente têm impactos limitados.
No entanto, erros na escolha de pessoas, na gestão e na estratégia podem lançar uma empresa no precipício.
Este é um princípio fundamental para gestores como Roberto Esteves e Otávio Magalhães, que lideram a Guepardo Investimentos, uma das gestoras de fundos mais respeitadas do Brasil.
Vamos explorar o que essa filosofia envolve, suas evoluções e o que a torna bem-sucedida na bolsa de valores.
A Evolução da Filosofia de Investimentos
A Guepardo começou de forma modesta como um clube de investimentos em maio de 2001, fundado por Otávio Magalhães.
Cansado de pagar impostos elevados cada vez que vendia ações, ele criou o clube para organizar suas finanças e adiar o pagamento de impostos até o resgate.
O sucesso foi imediato, com uma rentabilidade excelente que atraiu investidores rapidamente, culminando na transformação do clube em um fundo de ações em janeiro de 2004.
Sem um histórico de trabalho em bancos ou outras gestoras, Otávio começou do zero com apenas 60 mil reais.
Com o tempo, a excelente performance atraiu mais investidores e a Guepardo cresceu.
A chegada de Roberto Esteves, primo de Otávio, em 2009, trouxe uma nova dinâmica e profissionalismo para a gestora.
Roberto trouxe sua experiência do multimercado da Votorantim, ajudando a institucionalizar processos e atrair investimentos institucionais.
A estratégia era comprar essas empresas, carregá-las até que alcançassem seu valor justo e, então, vendê-las para buscar novas oportunidades. Ao longo dos anos, essa filosofia evoluiu, principalmente no aspecto qualitativo.
Aprendendo com Erros e Evoluindo
Em seus primeiros 14 anos, a Guepardo nunca havia errado em grandes cases, até que um erro com uma posição de 35% do fundo em uma única empresa trouxe lições valiosas.