De São Paulo para o Mundo: a aventura bilionária da Pismo
Meus pais ainda não fazem ideia do tamanho do que construímos com a Pismo. Quando perguntei a minha mãe quanto valia a empresa, ela adivinhou 50.000 reais. Eu disse: Um pouco mais! ”- Daniela
Ela conseguiu 100% contra todas as probabilidades. Muitas vezes as pessoas a desencorajavam. Mas ela é tão tenaz. Ela estava comigo, me convencendo a começar a Pismo. Eu tentei muito dissuadi-la, dizendo-lhe o quão difícil seria fazer isso. Mas ela é tenaz.
E ela construiu uma empresa de tecnologia profunda com tecnologia de ponta, algo que nunca foi desenvolvido antes. Ela estudou em escola pública e agora suas filhas podem frequentar uma das melhores escolas de São Paulo. - Ricardo Josua (Cofundador e CEO da Pismo) falando sobre a CTO e cofundadora Daniela Binatti.
A Pismo começou oficialmente em 2016 quando Daniela e Ricardo se juntaram a Juliana Motta e Marcelo Parise – marido de Daniela, mas como você pode imaginar essas pessoas se conhecem há anos.
A Pismo oferece uma plataforma nativa da nuvem para serviços bancários e de pagamento, incluindo banco digital, banco básico, computação em nuvem, emissão de cartões e carteiras digitais. A empresa possui operações na América Latina, bem como na Ásia e na Europa.
Ricardo e Daniela se conheceram em 1999, literalmente uma vida juntos!
Ricardo foi co-fundador da Conductor, empresa onde Daniela trabalhou como diretora de infraestrutura e tecnologia.
Quando a empresa foi vendida com sucesso, Ricardo meio que se retirou para o interior. Daniela ficou mais tempo no ramo, mas quando percebeu que não passava muito tempo com as filhas, também deu uma pausa.
Visitando o Vale do Silício, Daniela viu a lacuna entre os serviços que suas empresas estavam construindo e a própria infraestrutura financeira do Brasil.
Depois de ver a oportunidade. Ela ligou para o Ricardo: eu queria ele fora da aposentadoria! - Ela diz .
A princípio, ele não parecia interessado. Eu continuei insistindo. Então passamos 7-8 meses planejando juntos. Ele é uma das pessoas mais inteligentes que já conheci e a única pessoa que eu queria como CEO da nossa empresa. Ele é como um irmão para mim.
O poder de sonhar grande
Ricardo passou pelo Banco Garantia e pelo Credit Suisse antes de trabalhar na empresa do pai (uma operadora de call center).
Lá, havia um pequeno grupo desenvolvendo uma plataforma de processamento de pagamentos. O projeto cresceu e se tornou um negócio, a Conductor (a empresa hoje fornece serviços de pagamentos e software para instituições financeiras, varejistas e fintechs, por exemplo).
Lá, Ricardo conheceu a Daniela, o Marcelo e a Juliana, os quatro vieram do mercado financeiro tradicional e são grandes especialistas no assunto, mas cada um no seu quadrado.
Daniela está focada na estratégia e na arquitetura; Marcelo comanda os times de tecnologia; Ricardo é especialista em sistemas de pagamento; e Juliana trabalha para aprimorar a experiência do usuário.
Houve duas ideias. Uma delas era que havia essa nova tendência em computação em nuvem e microsserviços – em grande parte infraestrutura para serviços financeiros que ainda dependem de mainframes.
Os carris existentes para banca e pagamento eram muito antigos. A transação após a conexão com os terminais depende de um protocolo que foi atualizado pela última vez em 1987. Essa é a espinha dorsal de tudo o que fazemos em pagamentos. Não é diferente de outras atividades bancárias.
Eu disse que queria fazer algo que fosse capaz de fornecer tecnologias mais recentes. Nesse ponto, pensávamos que o mundo convergiria em grande parte para carteiras digitais como Alipay. Esse não foi o caso. A tendência era clara de que a infraestrutura atual era muito antiga e estava desmoronando com o próprio peso. É um enorme mercado endereçável, o que preocupa os investidores. Tínhamos experiência na área. Eu tinha quatro outros sócios. Trabalhei com essas pessoas durante toda a minha carreira. -Ricardo
Isso faz da Pismo no meu ponto de vista , uma empresa que nasceu para ser um unicornio global, a Pismo fornece uma plataforma de processamento de serviços bancários e pagamentos que faz uso de computação em nuvem e de microsserviços.
Esses diferenciais permitem diminuir ou aumentar a infraestrutura de acordo com a demanda de cada empresa. Por exemplo, a capacidade de armazenamento e processamento de transações bancárias pode ser aumentada durante a época da Black Friday.
Eles oferecem soluções compostas com mais de 90 sistemas intercomunicáveis por APIs [interfaces de programação], no lugar de um pacote de software ponta a ponta.
“ É uma espécie de open banking para a infraestrutura financeira”, resume Ricardo.
A fintech atende principalmente outros operadores financeiros, que constroem soluções em cima da sua infraestrutura flexível e em nuvem (uma verdadeira plataforma para empresas do mercado financeiro).
Por meio dela empresas como Cora, Itaú e Falabella criam serviços como carteiras digitais, cartões e marketplaces.
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