Em 22 de março de 2021, o Financial Times publicou uma manchete provocadora: "A nova Berkshire Hathaway ?".
A empresa em questão era a Apollo Global Management, que anunciava sua fusão com a seguradora Athene.
Na época, a comparação com o império de Warren Buffett gerou ceticismo, mas os números falam por si: desde então, as ações da Apollo subiram 150%, superando a rival Blackstone (93%) e o índice S&P 500 (39%). Esse desempenho reflete a consolidação da gestão de ativos alternativos como um setor altamente lucrativo.
Antes uma indústria de nicho, a gestão de ativos alternativos cresceu exponencialmente, controlando cerca de US$ 5 trilhões em ativos até 2022.
Essas empresas operam com modelos de baixo capital próprio, cobrando altas taxas para gerir o dinheiro de investidores institucionais, como fundos de pensão e endowments.
Utilizam alavancagem explícita (empréstimos) e implícita (capital de parceiros limitados) para adquirir empresas, imóveis e infraestrutura, gerando retornos assimétricos quando bem-sucedidos.
Além disso, por lidarem majoritariamente com clientes institucionais, enfrentam regulamentações mais brandas, o que amplifica sua flexibilidade.